Considerada a capital catarinense do turismo e a apenas uma hora de distância de Florianópolis, Balneário Camboriú possui uma extensão de pouco menos de 50km e a maior densidade populacional do Estado. A cidade cresce numa velocidade que, até o momento, o planejamento urbano não conseguiu acompanhar de forma efetiva, gerando desafios significativos em áreas como mobilidade urbana e acesso à moradia.
Além de ter se tornado um destino litorâneo disputado nas últimas décadas, Balneário Camboriú é a quarta colocada na lista de cidades com o metro quadrado mais caro do país e possui em seu território alguns dos maiores arranha-céus da América Latina, demostrando a força do setor imobiliário em seu território.
O masterplan elaborado pelo escritório Jaime Lerner Arquitetos Associados foi disponibilizado para avaliação e contribuições, apoiando-se em uma série de mecanismos de participação da comunidade. Afinal, para o urbanista, “toda cidade deve ser o resultado de um sonho coletivo”. Um dos objetivos destacados no masterplan é consolidar Balneário Camboriú como destino turístico do Brasil, visando o crescimento econômico em harmonia com a natureza, enquanto preserva a memória e a identidade urbana. O senso de pertencimento da comunidade também é uma constante nos documentos apresentados.
Download do Masterplan de Balneário Camboriú
“Balneário Camboriú tem tantas riquezas naturais e tantas possibilidades de crescimento que para seguir em frente é preciso esse estudo aprofundado que nos projeta para o futuro”, avalia Fabrício Oliveira (Podemos), prefeito de Balneário Camboriú.
As premissas gerais da macro estruturação urbana são: a preservação do patrimônio natural e cultural, a fim de fortalecer o conjunto de ativos cênicos, paisagísticos e históricos da cidade; o ordenamento territorial e estruturação do espaço urbano visando aumentar a diversidade social e econômica e a qualidade de vida da população; e o desenvolvimento de bairros sustentáveis, onde o cidadão possa suprir suas necessidades e demandas cotidianas.
O eixo central de proposição é a “conversão dos principais elementos fragmentadores do território – morrarias, rodovias e rios – em agentes de integração e qualificação de uma cidade agora fractal”. Assim, além das diretrizes de macro estruturação, projetos estratégicos em áreas específicas também foram previstos, envolvendo acupunturas urbanas, a nova orla da Praia Central, o Anel Ecológico Norte e a criação de um Distrito de Inovação no bairro Nova Esperança. Outros aspectos destacados no plano urbanístico são conectividade, economia criativa, turismo e meio ambiente.
Projetos e propostas para a mobilidade urbana tiveram em seu foco a integração territorial e o desenvolvimento regional. Neste âmbito, as orientações gerais perpassam quatro itens principais: criação de um órgão regional para atuar na governança intermunicipal do transporte em cidades conectadas e complementares, como Itapema e Itajaí; desenho universal que garanta acessibilidade e igualdade de condições a todos os usuários; infraestrutura urbana que contemple superquadras inspiradas no modelo de Barcelona, zonas onde a velocidade máxima será 30km/h; a criação de ‘Ruas completas’, um conceito que favorece a implantação do sistema BRT e; por fim, a disponibilização de carros e bicicletas compartilhados.
A coluna HAUS, da Gazeta do Povo, destacou a previsão de fechamento de cerca de sete vias para o trânsito de veículos motorizados, nos moldes do que Lerner fez com a Rua XV de Novembro, em Curitiba. Em âmbito municipal, as estratégias propostas passam, essencialmente, pela inversão e prioridades da matriz modal (do veículo individual para o pedestre); valorização dos meios de transporte não motorizados e desestimulo do uso de carros e motos; reestruturação do sistema de transporte público coletivo urbano e; investimento em ‘calçadas caminháveis’ (walkability), entre outras.
A visão de futuro estabelecida ainda contempla diferentes aspectos ligados aos recursos hídricos da cidade. Para garantir o abastecimento regular de água, coleta e tratamento de esgoto sanitário, parte do aprimoramento da infraestrutura e gestão do saneamento ambiental. A resiliência urbana é citada como estratégia para alcançar a segurança hídrica, o controle de inundações decorrentes de eventos climáticos extremos e a mitigação de riscos de escorregamento de encostas em áreas habitadas. Em relação à sua adequação ao desenho urbano, haverá a promoção da preservação dos rios e das praias e a valorização da paisagem urbana.
O masterplan de Balneário Camboriú está disponível no site da Prefeitura de Balneário Camboriú. Eventuais sugestões, críticas ou dúvidas podem ser enviadas para o contato masterplanbc@jaimelerner.com. Será realizada uma audiência pública para a apresentação do trabalho à população.
*Por Ágatha Depiné
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