As obras de alargamento da faixa de areia da Praia Central de Balneário Camboriú, previstas para iniciarem em março, deverão provocar uma valorização imobiliária de pelo menos 20% – especialmente nos edifícios que estão na Avenida Atlântica e na quadra do mar. A projeção leva em conta cálculos da consultoria norte-americana Appraisal Institute para empreitadas similares.
O instituto calculou que nas praias de Garden City e Surfside Beach, ambas na Carolina do Sul, cada 10% de espaço que foi acrescentado à faixa de areia com obras de alargamento resultou em até 2,6% de valorização no preço dos imóveis. Em Balneário Camboriú, o projeto aumenta em quase duas vezes a faixa de areia atual.
Se confirmada a tendência, a cidade pode subir posições entre as que têm o metro quadrado mais caro do país. Hoje Balneário Camboriú ocupa o quarto lugar de acordo com o levantamento da Fipezap, que avalia o mercado imobiliário brasileiro. Está atrás do Rio de Janeiro, que lidera a lista, São Paulo e Brasília.
O preço médio é de R$ 7.491 por metro quadrado. Florianópolis, que vem em seguida, em quinto no ranking nacional, tem custo de R$ 7.285. A Capital sai na frente, no entanto, quando o assunto é valorização. Em outubro do ano passado, os imóveis em Florianópolis tiveram um aumento médio de preço de 5,99% em 12 meses. Em Balneário Camboriú, a variação no mesmo período foi de 3,48%. Em tese, o alargamento pode inverter essa vantagem.
Altevir Baron, diretor de mercado e marketing da FG Empreendimentos, uma das construtoras responsáveis pelo skyline de arranha-céus de Balneário Camboriú, não é apenas o maior espaço na faixa de areia que deve aumentar o valor dos imóveis – mas também a chegada de novas atrações.
– O mercado da construção civil vem crescendo exponencialmente nos últimos anos, posicionando Balneário Camboriú na rota de grandes investimentos, como foi o caso da FG Big Wheel e de tantos outros equipamentos que estão contribuindo para o crescimento da região – avalia.
Fonte NSC Total